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Queridas parceiras, cá estou eu mais uma vez a tentar redimir-me da ausência forçada ao nosso tão querido convívio mas como sempre, a razão para a minha não comparência é mais que válida. Dá pelo nome de irmã mais nova.
Quem tem uma irmã mais nova sabe sobre o que vou falar. Quem não tem, apenas sorrirá condescendente mas por certo, longe de alcançar o verdadeiro sentido das palavras.
Quando um(a) irmão/irmã mais novo nasce, sobretudo se com uma diferença de dez anos como é o meu caso, o nosso mundo entra em mutação irremediável. Aliás, muito antes disso nós já não somos mais os mesmos.
Tinha eu dez anos quando acompanhei a minha mãe à famosa Farmácio Estácio no Rossio, para fazer a análise, a minha mãe, claro, daquilo que já há alguns dias se admitia como certo. Pedi, no alto dos meus dois rabichos, à senhora que tomou conta do xixi da minha mãe, que por favor, fizesse com que o resultado desse positivo. E deu.
A minha alegria era muito maior que eu. Apesar de saber que o bebé iria nascer em Agosto, bem no pico do calor, fui de imediato comprar a primeira peça de enxoval, nada mais nada menos que umas botinhas de lá, castanhas e cor de laranja, bem apropriadas ao “frio” do Verão.
Foram nove meses de espera…..e mais espera.
Mas quando ela nasceu e a vi pela primeira vez, com hora e meia de vida, e pouco depois lhe peguei ao colo, soube que estava feita ao bife, estava quilhada, estada tramada para o resto da vida.
Quando o irmão mais velho fala, geralmente baixamos as orelhas. Mas quando o mais novo resmunga, ou suspira, ou embirra, ou chateia, ou melga, ou abusa, aí não só baixamos as orelhas como também as calças assim a modos que “bate que eu gosto”.
O irmão mais novo será a meu ver uma espécie de filho, um gajo por vezes chato, melga, embirrante, mau feitio, mas a quem tudo se perdoa. E até, na maioria das vezes se acha graça.
Bom, vem esta lenga lenga toda a propósito, que a minha ausência se deveu a ter tido a tão desejada e feliz visita da minha irmã mais nova que me “ocupou” cada segundo dos meus dias e de quem já tenho muitas saudades apesar de ter ido embora há poucos dias.
E agora digam-me, como é que eu podia “aturá-la” e escrever posts?….rsrs
Fomos a Cape Town, ao Kruger Park, demos voltas excelentes, mas de tudo isso falarei depois.
Hoje queria apenas que me perdoassem pela ausência e estou certa que o farão pois de alguma forma também algumas de vocês serão vitimas do facto de serem as irmãs do meio.
Valha-nos, que como diz o povo, no meio é que está a virtude.