Mesmo em férias não poderia deixar de partilhar convosco uma novidade de que ontem fui conhecedora. Existe, há provas disso, o casamento colorido. Não, não me enganei, é mesmo o casamento colorido.
Que havia a amizade colorida, isso já eu sabia. Independente do número de cores e das próprias nuances das mesmas, sempre houve casos em que as pessoas são tão, mas tão “amigas”, que uma vez por outra confundem tudo e do abraço fraternal ao colchão da cama mais próxima vai um pulinho que é visto como uma coisa normal, sem mal, sem consequências, sem problemas, discreta e que ainda por cima não pede satisfações. O chamado bom para todos.
Agora, minhas caras parceiras destas crónicas, o aparecimento da figura do casamento colorido, no acervo das relações amorosas, deixou-me assim a modos que de queixo caído. Não se trata de ingenuidade, é mesmo uma questão de “mas o que é que esta gente tem na cabeça?”
Cada um dos parceiros aceita que o outro tenha namoradas e namorados fora do casamento, desde que, reparem bem, os intrusos sejam mais bonitos que o corno ou a corna que, obviamente não se sentem traídos mas sim complementados e portanto ainda agradecidos. Mas, que fique bem esclarecido para todos, “o marido é meu”, “a mulher é minha” e ninguém ouse sequer pensar que pode, por mais encantos ou recursos técnicos que tenha, posições ou malabarismos de que disponha, que pode quebrar o laço do sagrado matrimónio.
O que me deixa mais perplexa não é o facto deste tipo de comportamentos existirem. Sou uma liberal por excelência e quero mesmo é que toda a gente seja feliz na forma que melhor encontrar.
O que me surpreende é que este tipo de pessoas possam chamar casamento ao que têm e que pensem que uma coisa desse género possa sobreviver ou resistir perante o redor. Se manter uma relação requer amor, esforço, empenho, carinho, cuidado permanente, imaginem o que será quando a pessoa a quem dissemos sim anda por aí enquanto nós andamos por aqui e com um bocado de sorte, nos encontramos de vez em quando.
No meu caso, prefiro os amigos e o amor que dão cores lindas, variadas, fortes, berrantes, à minha vida, mas cada um no seu devido lugar. Sou assim um bocadinho à moda antiga.
10 comentários
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Janeiro 22, 2011 às 3:27 am
tamborimdacuica
ai ó Pagu tem razão, tem razão, tb me parece uma coisa do demónio e deveras desengraçada…Mas já lhe falei no macbook air 13?
Janeiro 28, 2011 às 3:20 pm
pagunatanga
Tamborim!!!!!!!!!!!!!!!
Janeiro 22, 2011 às 3:30 am
tamborimdacuica
Pagu, eu acho q é paixão, eu acho q é hamor…O hamor. mas o écran, o tamanho, o size q matters…seria apenas colorida a nossa relação? (ai a parte das fotos, ai a parte das fotos!)…conseguiria eu olhá-lo bem olhos nos olhos?? As folhas-lâminas, aquela escultura diáfana, pluma, pimba, ó! Pagu, estou hamando! bem haja, bem haja, cuide-se por aí…E o rato? Oh, o rato!…
Janeiro 28, 2011 às 3:22 pm
pagunatanga
Ó menina Tamborim, mas diga-me, está bem? Tirou a febre? Fez ecografias? Electroencefalogramas?
Janeiro 22, 2011 às 5:04 pm
tangas
mas se o casamento é um trato entre duas pessoas, por que razão não há-de ele ser colorido ou a quantas cores se quiser?
Janeiro 22, 2011 às 5:05 pm
tangas
e fica a cargo de cada um determinar de facto em que termos quer colorir o seu casamento e a sua vida. eu, nessas coisas, gosto dos meus termos e não faço questão alguma de policiar os termos dos outros 😉
Janeiro 28, 2011 às 3:30 pm
pagunatanga
É assim que gosto de si…..franquinha, franquinha.
Mas acredite, não era policiamento nenhum, era só mesmo um abrir a boca de incredulidade.
Só de me imaginar a dizer a uma pessoa “olha, vai lá vai, diverte-te, amanhã tomamos o pequeno almoço no Àz”……bom…. não encaixa. É só isso.
Janeiro 28, 2011 às 3:28 pm
pagunatanga
Pois eu sei menina Tangas, eu sei, mas há coisas que não percebeo, é só isso.
Sabe que no fundo no fundo, sou mesmo é uma canastrona que gosta das coisas à moda antiga, quando ainda havia honra e respeito.
Pronto, já mostrei uma fraqueza minha…bahhhhh 😉
Mas sabe que sou uma mulher que gosta de cores. Cada um que pinte com as que mais gostar.
Janeiro 25, 2011 às 2:28 pm
righpa
Pagu e se essa relação tiver muito mais que dizer do que apenas o óbvio colorido que o casal propangadeia …. pergunto-me o que estará por trás do óbvio e divulgado colorido de uma relação dessas.
Penso que uma relação em que duas pessoas se sintam felizes e completas, sinceras na vivência a dois, já tem o colorido que aumenta tudo na vida.
Janeiro 28, 2011 às 3:34 pm
pagunatanga
Por trás do óbvio deve por certo haver uma história. De alguma forma, houve alguma coisa no percurso que motivou tudo isso.
E depois, segundo me consta, o bom desta história das cores, é que sempre se podem ir modificando, carregando, tornando mais claras, consoante a vontade e os sonhos de cada um.
Bora lá pegar na trincha, no rolo, no pincel…..o mundo anda demasiado cinzento para o meu gosto.
🙂 😉